quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sempre com Força.


Naástii − Excelentria. 2010 depois da Queda.


Devon – Suzanne

O salão de baile fervilhava com as danças sincronizadas da nobreza de Naástii, depois de muito vinho a sincronia decai consideravelmente. Pobres riquinhos mimados com suas sedas e jóias de família. Da sacada interna contemplo a festa multicolorida, ostensiva e opulenta. Os músicos estão se esforçando, afinados e em sintonia, mas os bailarinos profissionais misturados estão mais preocupados em estabelecer contatos que em sua arte cinética corporal. Assim que Suzanne entra no camarote seu perfume Trestan 3º da Vinóliria Mardans, com notas inicias picantes e camadas de mirra aspergida inunda o ambiente sem agredi-lo. Se não consigo explicar a razão de causa e efeito de um ciclo fechado mesmo com todos os meus diplomas acadêmicos nomeio como magia. Suzanne é mágica em seu todo. Sua presença simples consegue aumentar minha pressão sanguínea, quando se aproxima mais meus pêlos arrepiam-se em resposta. O vestido cauda longa contrasta muito bem com o decote provocante e as cores parecem naturais quando vistas sob suas madeixas ruivas. Os seios perfeitos em tamanho e volume me atraem o olhar. Ouço as taças tocando-se quando Suzanne oferta-me um brinde, mas não retiro a visão dos órgãos polêmicos e redondos, sinto a boca salivar. A alta ruiva meneia a cabeça e lambe vigorosamente minha orelha, chupa-a com uma mordiscada por fim antes de dizer num sussurro delicioso:
– Vem... – caminha sobre os saltos sem pressa e se vai com a certeza inabalável que será seguida. Uma confiança felina, agressiva e prepotente. Sigo-a sem disfarces, pouco me importo com os presentes. Ela é irresistível e ponto.
Caminho rápido para alcançá-la assim que ultrapassa a porta, uma qualquer que nos levou a um local escuro. É certo que Susanne tenha preparado esta sala para a situação, pouco importa. Seguro-a pelo braço e viro num arranco, batendo-a contra a parede, maldito sorriso gostoso. Ataco os seios fartos enquanto a beijo, massageando-os amiúde, rasgo o tecido e toco-os como merecem. Torço os bicos já rijos e ouço-a gemer bem alto. Nossos corpos estão colados e começo a transpirar.
Nesse momento minha mente foca. Todas as linhas de raciocínio convergem para o prazer incondicional. Sinto a força de uma mão pressionando meu membro ainda sobre a calça – primeiro o corpo já volumoso e pulsante, depois a cabeça, friccionando-a com experiência. A língua selvagem chicoteia em minha boca, sedenta, faminta, vasculhando cada canto. Agarro-a na base dos cabelos e abaixo-a com força enquanto arrebento o botão ao abrir a calça, sinto-a resistir, tentando se levantar em vão. Tenho mais de dois metros e centro e trinta quilos de excitação no máximo. Introduzo o membro na boca de Suzanne que o chupa com sofreguidão e força, muita força, parece querer engoli-lo. Soco a parede com a mão livre e sinto-a afundar na madeira e uma leve sensação de dor. A boca desliza em um úmido vai e vem constante e poderoso. Começo a forçar a cabeça de Suzanne contra o membro fálico e arremeter contra a boca, vejo-a arranhar meu braço e virilha com as unhas pintadas e ignoro, forço ainda mais o oral. Então o retiro de sua boca e a saliva transborda, a sacana cospe o excesso e ri para mim com a maquiagem semi-borrada. Arremeto uma vez mais e cravo mais fundo, até a garganta, lá eu a seguro, pressionando sua cabeça contra a parede por algum tempo. Suzanne ainda chupa, sua língua lambe minhas bolas enquanto se engasga com todo o volume, empurra-me por reflexo, mas permaneço, estoco mais algumas vezes antes de deixá-la respirar com lágrimas escorrendo pelo rosto corado. Quase gozo, curvo-me um pouco para segurar o fluxo e recebo um tapa potente na face. Suzanne me empurra e tombo sem resistir, senta-se sobre mim ao levantar a saia, sinto a vagina úmida e inchada pressionada contra minha face e começo a chupar e lamber enquanto as coxas grossas apertam minha cabeça com força, sempre com força. A saia cobre meu mundo em uma escuridão quente e poderosa. Susanne curva-se para trás, rebolando sobre meu rosto enquanto me masturba rápido com um mão, ou duas, não sei bem. Somente sinto, muito intenso e úmido. Bebo aquela feminilidade quando minha língua vasculha o interior da gruta, não consigo respirar e não me importo, se perder a consciência aqui valerá a pena.    
   Suzanne sem aviso salta de minha face e senta-se, ou melhor, monta-me com vontade. O ventre molhado é preenchido com meu pênis avantajado, abrindo um caminho apertado que libera os melhores gemidos e palavras sacanas. A safada agacha e levanta, deslizando sobre toda a extensão do membro enrijecido. É nesse momento que eu tento me desconcentrar para não explodir. A fêmea sobe e desce, delira imersa no ato sexual, mas o macho deve, no momento certo, abster-se – deve fingir que é mentira e pensar em cadeiras, cadeiras e tijolos. É realmente difícil, viro-me para o lado em uma tentativa inútil de resistir e vejo uma jovem a nos observar. Suzanne senta com vontade e sonoridade e a jovem que nos observa acaricia entre as próprias pernas – de certo uma criada atraída pela nossa extravagância, mesmo com a música alta que ressoa sobre toda a mansão. Tudo parece flutuar, eu a jovem trocamos olhares cúmplices, não deve ter menos de vinte anos, muito excitada e confusa, continua a se acariciar sob a própria saia.
Minha ruiva cria o vínculo, abre sua essência e me permite entrar. Um calor branco que me retira da realidade. Suzanne é uma telepata de baixo nível, somente consegue acessar a mente de alguém através do toque, e mesmo assim de modo superficial. Mas durante o sexo, com a intensidade que alcançamos, é possível ultrapassar os limites do prazer físico, transamos em um nível de quase fusão de consciências, uma penetração plena e recíproca. Onde não há segredos e ilusões, onde se conhece o outro como um todo, onde se é por completo. Sem medos, mágoas ou frustrações. Sem desculpas.
Lembro-me de virá-la e estocar com muita força e velocidade, é difícil saber ao certo, a percepção sensorial se torna confusa e somente o prazer existe. Com muita força. O tempo flui como um líquido quente e me vejo ainda estocando, agarrado as ancas de Suzanne, que, de quatro, grita sem pudor e balança os cabelos vermelhos. Agarro a juba ruiva e continuo a arremeter, os estalos altos seguidos pelos gritos sem censura.
Preciso abstrair, não posso gozar agora, não quero que acabe. Abro os olhos com um esforço hercúleo e vejo a jovem beijando Suzanne, minha dama sentada, rebolando indomável em meu colo, minha boca em sua nuca, arfando enquanto a seguro pela cintura e reforço a penetração. Quando fecho os olhos posso sentir a jovem, como se Suzanne fosse um elo que nos ligasse. Éssia é o nome, estamos transando também e o que aprendo sobre ela é suficiente para desejá-la, sem nunca tê-la visto ou tocado. Nesse vínculo total podemos expressar através de pensamentos nossos desejos e Éssia logo atende o meu: desce com a língua exposta onde penetro Suzanne, tocando-a e lambendo-a no clitóris e massageando meus testículos com suas mãos pequenas. A criada dá pequenos beijinhos nos órgãos molhados e suga a vulva de Suzanne com vontade. Gostaria que me chupasse, mas não consigo sair de dentro de minha ruiva tão quente e apertada. Arremeto com mais vontade e força, muita força. Mais e mais. E não resisto, explodo em um mundo branco e silencioso, jorrando sêmen em esguichos volumosos.
Caímos exaustos no chão, jogados, com as roupas rasgadas, alguns ferimentos e felizes, muito felizes e realizados. Suzanne recosta-se sobre mim, com a cabeça em meu ombro e Éssia deitada ao nosso lado, ainda estamos interligados pelo toque, o elo mental se desfazendo com os segundos e as respirações entrecortadas. Isso deve ser amor, ou o mais próximo dele. Talvez por isso os deuses nos invejem.
Alguém entra no cômodo que somente agora percebo ser algum tipo de dispensa. A pessoa abre uma porta e se detêm ante a cena, parece ser um homem, mas não tenho certeza. Suzanne e Éssia ainda estão em mim, e eu estou nelas, nós três queremos ficar sozinhos. Pego o revolver calibre 45 no coldre a meu lado e aponto, recuo o cão com o polegar e somente vejo a porta aberta voltar a se fechar. Com força. Sempre com força.    
          

Um comentário:

  1. Devon e Suzane protagonizando uma cenas bem picantes. Parece que o membro mais ardiloso da Sociedade do Amanhecer deu uma "fugidinha". rsrsrsrs

    ResponderExcluir